Canelite: A Dor do Corredor que Você Precisa Conhecer e Vencer

Canelite corredores

Descubra tudo sobre a canelite (periostite tibial medial): causas, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamentos eficazes. Alivie sua dor e volte a correr com a ajuda especializada.

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Se você é corredor, amador ou profissional, provavelmente já sentiu ou conhece alguém que sentiu aquela incômoda dor na parte da frente ou interna da canela. Essa é a famosa canelite, cientificamente conhecida como periostite tibial medial.


É uma condição comum que pode frustrar muitos atletas, mas entender o que ela é, por que acontece e como tratá-la e preveni-la é o primeiro passo para vencê-la e voltar a calçar seus tênis sem medo.

O que é Canelite? Entendendo a Dor na Sua Canela

canelite

A canelite é uma inflamação que ocorre na região da canela, mais especificamente no periósteo – uma membrana que reveste o osso da tíbia. Ela também pode envolver a inflamação dos tendões e músculos que se inserem nesse osso.

 

 

Os sintomas mais comuns incluem:

 

 

  • Dor na parte interna e/ou frontal da canela, que costuma ser mais acentuada durante ou após a atividade física, especialmente corrida e saltos.


  • A dor geralmente diminui ou desaparece com o repouso.


  • Sensibilidade ao toque na região afetada, que pode se estender por alguns centímetros ao longo do osso.



  • Em alguns casos, pode haver um leve inchaço na área.

 

 

É importante diferenciar a canelite de outras condições mais graves, como a fratura por estresse. Embora os sintomas possam ser semelhantes, o diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado.


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Qual é a Anatomia da Canela Envolvida na Canelite?

canelite

Para entender a canelite, precisamos conhecer um pouco sobre a anatomia da perna. A canela é formada por dois ossos principais:

 

 

  • Tíbia: O osso maior e mais forte, localizado na parte da frente da perna. É o principal osso da canela.


  • Fíbula: O osso mais fino, localizado ao lado da tíbia.

 

 

A canelite ocorre principalmente na tíbia. Ao redor desses ossos, temos uma complexa rede de músculos e tendões. Os principais músculos relacionados à canelite são:

 

 

  • Músculo tibial posterior: Responsável pela inversão (virar a sola do pé para dentro) e flexão plantar (apontar o pé para baixo). Sua sobrecarga é uma causa comum de canelite medial.


  • Músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo): Atuam na propulsão durante a corrida. O encurtamento ou a fraqueza desses músculos também pode contribuir para a canelite.

 

 

O periósteo é uma camada de tecido conjuntivo que envolve a superfície dos ossos. Ele é rico em vasos sanguíneos e nervos, o que explica a dor intensa quando inflamado.


Na canelite, o estresse repetitivo de músculos puxando essa membrana, ou o impacto constante no osso, gera microtraumas e inflamação no periósteo.


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O que Causa a Canelite? Por Que a Dor Aparece?

A canelite é, em sua essência, uma lesão por sobrecarga. Isso significa que ela ocorre quando há um estresse repetitivo e excessivo sobre a tíbia, superando a capacidade do corpo de se adaptar e se recuperar.

 

 

Os mecanismos principais que levam à canelite são:

 

 

  1. Tração excessiva dos músculos: Durante a corrida, os músculos da panturrilha e o tibial posterior se contraem e puxam constantemente o periósteo da tíbia. Se essa tração for muito intensa ou repetitiva sem o devido descanso, a membrana pode inflamar.
  2. Impacto repetitivo: A cada passo da corrida, o osso da tíbia absorve o impacto do solo. Se esse impacto for excessivo ou se o osso não tiver tempo suficiente para se recuperar, podem surgir microlesões no periósteo, levando à inflamação.

 

 

Basicamente, o corpo não consegue se adaptar ao volume ou intensidade do estresse imposto, resultando em um processo inflamatório.


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Quais Fatores de Risco Aumentam as Chances de Ter Canelite?

Tênis desgastado canelite

Diversos fatores podem aumentar a sua predisposição para desenvolver canelite. Eles podem ser divididos em:

 

 

Fatores Relacionados ao Treino e Equipamento:

 

 

  • Aumento rápido da intensidade, volume ou frequência de corrida: O famoso "excesso de treino" ou a "regra dos 10%" (não aumentar seu volume semanal em mais de 10%) é crucial aqui. Seu corpo precisa de tempo para se adaptar.


  • Correr em superfícies muito duras: Asfalto e concreto aumentam o impacto sobre as pernas em comparação com trilhas ou esteiras.


  • Uso de calçados inadequados, desgastados ou sem o devido amortecimento: Tênis velhos perdem a capacidade de absorver impacto e dar suporte, sobrecarregando a canela.


  • Falta de aquecimento e alongamento: Preparar o corpo antes e desaquecer depois do exercício é vital para a saúde muscular e óssea.

 

 

Fatores Biomecânicos e Físicos:

 

 

  • Pisada pronada excessiva (pé chato): Quando o arco do pé "cai" demais para dentro durante a corrida, isso pode gerar um estresse adicional na parte interna da tíbia.


  • Fraqueza muscular: Músculos da panturrilha, tibial anterior (na frente da canela), glúteos e core (abdômen e lombar) fracos podem comprometer a estabilidade e a absorção de impacto.


  • Encurtamento dos músculos da panturrilha: Músculos tensos limitam o movimento e podem puxar excessivamente o periósteo.


  • Desalinhamentos na perna ou pé: Anormalidades anatômicas podem alterar a distribuição de carga.


  • Excesso de peso corporal: Aumenta a carga sobre as pernas durante a corrida.



  • Histórico prévio de canelite: Quem já teve é mais propenso a ter novamente se não corrigir os fatores de risco.


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Como é Feito o Diagnóstico da Canelite?

baropodometria

O diagnóstico da canelite geralmente é feito por um médico ortopedista, com base em:

 

 

  • Avaliação Clínica:


  • Histórico detalhado: O médico perguntará sobre quando a dor começou, o que a piora ou melhora, sua rotina de treinos, o tipo de calçado que usa, etc.


  • Exame físico minucioso: O médico palpará a região da canela para identificar o ponto exato da dor, verificar inchaços e avaliar a força e flexibilidade dos músculos da perna e pé.


  • Exames Complementares (quando necessários):


  • Radiografia (raio-X): Geralmente é normal na canelite. Serve principalmente para descartar outras condições, como a fratura por estresse.


  • Ressonância Magnética (RM): É um exame mais sensível, capaz de identificar a inflamação do periósteo e sinais precoces de fraturas por estresse, caso haja dúvida no diagnóstico.

 

 

Um exame diferencial e muito importante para entender a causa da canelite e auxiliar no tratamento é a Baropodometria. Este exame avalia a sua pisada e a distribuição de carga nos pés, tanto parado quanto em movimento.


Ele pode identificar desequilíbrios e alterações biomecânicas (como a pisada pronada excessiva) que contribuem para a sobrecarga na canela, sendo crucial para a indicação de tratamentos personalizados, como palmilhas ortopédicas.


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Como Prevenir a Canelite? Dicas Essenciais para Corredores

alongamento

A prevenção é a melhor estratégia para qualquer corredor. Adotar hábitos inteligentes pode te manter longe da canelite:

 

 

  • Progressão Gradual do Treino: Aumente o volume, intensidade e frequência da sua corrida de forma lenta e controlada. A regra dos 10% é um bom guia. Seu corpo precisa se adaptar.


  • Calçados Adequados: Use tênis específicos para corrida que ofereçam bom amortecimento e suporte para o seu tipo de pisada. Troque-os regularmente, a cada 500-800 km ou a cada 6 meses, mesmo que pareçam bons por fora.


  • Fortalecimento Muscular: Invista em exercícios que fortaleçam:


  • Panturrilhas: Elevação de calcanhares (tanto com joelho esticado para gastrocnêmio quanto flexionado para sóleo).


  • Tibial Anterior: Elevação da ponta do pé.


  • Glúteos e Core (abdômen e lombar): Essenciais para a estabilidade do quadril e da coluna, impactando diretamente a biomecânica da corrida.


  • Alongamento Regular: Mantenha a flexibilidade, especialmente dos músculos da panturrilha, isquiotibiais (parte de trás da coxa) e quadríceps (parte da frente da coxa).


  • Aquecimento e Desaquecimento: Nunca pule essas etapas. Um bom aquecimento prepara músculos e articulações para o esforço, e o desaquecimento ajuda na recuperação.


  • Variedade de Superfícies de Corrida: Alterne entre asfalto, grama e esteira para reduzir o impacto repetitivo em um único tipo de superfície.


  • Descanso Suficiente: Dê ao seu corpo o tempo necessário para se recuperar e reconstruir. A recuperação é tão importante quanto o treino.



  • Palmilhas Ortopédicas: Se você tem alterações na pisada (como pronação excessiva), palmilhas personalizadas, feitas sob medida após um exame de baropodometria, podem corrigir a biomecânica e redistribuir o impacto, prevenindo a sobrecarga na canela.


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Como Tratar a Canelite? Aliviando a Dor e Voltando à Atividade.

fisioterapia

O tratamento da canelite foca em aliviar a dor, reduzir a inflamação e, principalmente, corrigir as causas subjacentes para evitar que o problema retorne.

 

 

  • Repouso Relativo: É o primeiro passo. Reduza ou interrompa temporariamente as atividades que causam dor. Não significa parar completamente, mas sim evitar o que sobrecarrega. Atividades sem impacto, como natação ou ciclismo, podem ser mantidas.


  • Gelo: Aplique compressas de gelo na área dolorida por 15-20 minutos, várias vezes ao dia, para ajudar a reduzir a inflamação e a dor.


  • Medicamentos: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e analgésicos podem ser prescritos pelo médico para alívio da dor e inflamação. Use sempre com orientação médica.


  • Fisioterapia: É um pilar fundamental do tratamento. O fisioterapeuta pode utilizar:


  • Técnicas de liberação miofascial e massagem para relaxar músculos tensos.


  • Exercícios específicos de fortalecimento dos músculos da perna, pé, glúteos e core.


  • Exercícios de alongamento para melhorar a flexibilidade.


  • Orientações sobre a técnica de corrida para corrigir padrões de movimento inadequados.


  • Acupuntura: Pode ser uma terapia complementar eficaz para o alívio da dor e a redução da inflamação em alguns casos.


  • Palmilhas Ortopédicas Personalizadas: Após a avaliação, se identificada uma alteração biomecânica na pisada, as palmilhas podem oferecer o suporte necessário para corrigir a distribuição de carga e aliviar o estresse na canela.


  • Retorno Gradual à Atividade: Uma vez que a dor diminui, o retorno à corrida ou outras atividades deve ser progressivo e supervisionado, para evitar uma recaída.



  • Casos Graves: Em situações raras e muito refratárias ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser considerada, mas é uma medida extrema e muito incomum para a canelite.


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Quem Pode Ajudar Você a Vencer a Canelite? Conheça o Dr. Felipe Serzedello

dr. felipe serzedello

Se a dor na canela está atrapalhando seu desempenho ou sua qualidade de vida, é fundamental procurar ajuda especializada. O Dr. Felipe Serzedello (CRM: 175.829) é um ortopedista renomado, com vasta experiência e especialização em pé e tornozelo.


Com um foco no bem-estar e na recuperação integral do paciente, o Dr. Felipe oferece consultas personalizadas.


Sua abordagem visa não apenas tratar a dor, mas identificar e corrigir a causa do problema, incluindo a realização de cirurgias quando necessário, e a aplicação de técnicas avançadas como a minimamente invasiva para diversas condições do pé e tornozelo.

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Histórias de Sucesso: O que Nossos Pacientes Dizem

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Não deixe que a dor na canela limite sua paixão pela corrida ou suas atividades diárias. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para uma recuperação eficaz.

 

 

Para agendar sua consulta particular com o Dr. Felipe Serzedello e iniciar seu caminho para uma vida sem dor, entre em contato via WhatsApp ou ligação.

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A canelite pode ser um obstáculo, mas não precisa ser o fim da sua jornada como corredor. Com informação correta, prevenção e o tratamento adequado, você pode superar essa dor e continuar desfrutando dos benefícios da atividade física. Priorize seu corpo, ouça seus sinais e busque sempre o acompanhamento de profissionais qualificados.

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